É o segundo caso em menos de dois anos, no Pará. Em 2023, um “fazendeiro” ameaçou “dar um tiro” na barriga de Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca nesta quinta-feira (13) em Belém para inaugurar uma obra no distrito de Outeiro e vistoriar preparativos para a COP 30. No entanto, a visita ocorre sob a sombra de suposta ameaça contra a vida dele. A Polícia Federal identificou um homem que teria feito postagens nas redes sociais ameaçando o presidente, mas seu nome não foi divulgado pelas autoridades.
A situação gerou grande preocupação nos órgãos de segurança, levando a PF a deflagrar, nesta quarta-feira (12), uma operação para investigar o caso. Diante da gravidade das ameaças, a Justiça Federal no Pará autorizou medidas judiciais contra o suspeito.
Agentes da PF cumpriram um mandado de busca e apreensão e impam medidas cautelares ao investigado, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de se aproximar de locais onde Lula estiver presente.
O suspeito já foi ouvido e está sob monitoramento das autoridades. As investigações continuam para apurar todos os detalhes do caso e determinar se há outras pessoas envolvidas.
Ameaças em Santarém, em 2023
Não é a primeira vez que o presidente Lula é alvo de ameaças no Pará, nos últimos anos. em agosto de 2023, a PF cumpriu em Santarém um mandado de busca e apreensão contra um suspeito de propagar, por meio de sua rede social, imagens ameaçadoras de ataques ao presidente. 
O suspeito era um vigilante e tinha arma de fogo. Ele foi preso após dizer que “daria um tiro” na barriga de Lula. O homem falou as palavras enquanto comprava bebidas em uma loja. Várias pessoas testemunharam o fato e uma delas fez a denúncia. O inquérito foi, então, instaurado.
À Polícia Federal, ele disse ser fazendeiro, afirmou ter participado dos atos de 8 de janeiro, em Brasília, e invadido o Salão Verde da Câmara dos Deputados. O suspeito disse ainda ter participado das manifestações em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção, em Santarém, durante 60 dias ininterruptos, além de ter financiado o movimento com R$ 1 mil todos os dias.
O caso em Belém levanta novamente a discussão sobre a segurança de chefes de Estado no Brasil e o risco de atentados contra figuras públicas. A Polícia Federal segue monitorando possíveis ameaças para garantir a integridade do presidente e da população durante sua agem pelo Pará.
