O Remo soube ar o placar adverso, teve sangue frio e, com muita competência, empatou e virou o jogo, tudo no segundo tempo. Agora, é o quinto colocado, colado no G4. No primeiro tempo, as equipes mostraram pouca objetividade, os goleiros quase não sujaram o uniforme, mas o Leão foi melhor.
Veio a segunda etapa e a falta de emoção da primeira etapa se transformou em uma partida vibrante. Logo no início, o Operário abriu o placar, crescendo na partida. Mas o Leão estava no Mangueirão e a equipe é um dos melhores mandantes da Série B. O Leão Azul foi para cima, sedento por vitória, buscou o empate e no finzinho a virada.
Ainda sem técnico efetivo e com o interino Flávio Garcia comandando a equipe no banco de reservas, o Remo enfrentou o Operário neste domingo, dia 8, em Belém, em jogo válido pela 11ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
O jogo começou com as equipes lutando bastante, mas com pouca criatividade. A partida era acelerada, muito disputada no meio-campo, mas as defesas levavam vantagem sobre os ataques deixando o ritmo no último terço do gramado morno, com os goleiros com pouquíssima participação.
Até que o primeiro lance de perigo da partida foi do Fantasma. Aos 25 minutos, depois de uma saída errada do Remo, a bola ficou com Neto Paraíba ficar de cara para Marcelo Rangel, mas o arqueiro se esticou todo para tirar o que seria o gol do Operário. A bola ia morrer no cantinho.
O Leão era melhor em campo, dominava as ações da partida, tinha a posse de bola e muitas vezes encurralou o adversário em sua intermediária. Mas isso foi muito pouco, o Remo se equivocou muito, não conseguia se infiltrar na defesa paranaense. A ausência de Daniel Paulista na beira do campo fez falta na equipe azulina.
E no apagar das luzes, aos 48, O Operário protagonizou o melhor lance da partida. Após uma boa trama no ataque do Fantasma, a bola chegou em Rodrigo, que finalizou. A bola desviou na defesa do Remo, foi em direção ao gol, e Marcelo Rangel salvou o Leão com os pés. Milagre do arqueiro azulino.
Gol e virada
O segundo tempo começou com o Operário letal. Logo aos 3 minutos, Rodrigo Rodrigues recebeu a bola na entrada da área, girou dando uma finta em cima do zagueiro e de primeira mandou um balaço, no ângulo de Rangel. Um golaço. Operário 1 a 0.
A resposta do Remo foi com Régis, o Messi Careca, que tinha acabado de entrar. O ponta foi lançado, e com um drible de corpo deixou o zagueiro sem pai nem mãe, ele cruzou na medida para Davó, que também tinha acabado de entrar. O atacante finalizou, mas o goleiro Elis fez grande defesa e salvou o Operário. Quase o empate.
A pressão do Remo era enorme, e aos 21 ele balançou as redes. Depois de um ataque pela direita, a bola sobrou para Reynaldo na linha da pequena área mandar para o fundo da meta. Acontece que o VAR entrou em ação e o juiz anulou o gol do Leão. Mas o árbitro de campo foi ao vídeo e após analisar o lance, validou o gol azulino. O gol foi absolutamente normal. 1 a 1.
Depois do empate, o jogo se tornou indefinido. A sensação que dava era que qualquer equipe poderia fazer o gol da vitória. O Remo chegava um pouco mais forte, mas o Fantasma estava muito vivo na partida.
Mas aos 44, o Fantasma sucumbiu ao poder do Leão no Mangueirão. Sávio recebeu excelente e de Régis, o lateral entrou na cara do gol e com muita frieza tocou na saída do goleiro. Virada do Remo: 2 a 1. O Mangueirão foi à loucura e aumentou o volume.
E depois de 10 minutos de acréscimo o juiz apitou o fim do jogo. Foi mais uma vitória do Remo em seus domínios e muito merecida. O Leão foi melhor em boa parte da partida, saiu atrás e teve forças e físico para buscar a virada, mostrando que dentro do Mangueirão a equipe é quase imbatível.
RAIO X DA PARTIDA
Local: Mangueirão
Juiz: Andre Luiz Skettino Policarpo Bento (MG)
Assistentes: Fernanda Nandrea Gomes Antunes (MG) e Leonardo Henrique Pereira (MG)
VAR: Thiago Duarte Peixoto (SP)
Cartões Amarelo: Joseph (Operário), Boschilia (Operário),
Gols: Rodrigo Rodrigues (Operário); Reynaldo e Régis(Remo)
Remo: Marcelo Rangel; Marcelinho (Kadu), Klaus, Reynaldo e Sávio; Luan Martins (Dodô), Pedro Castro (Régis) e Pavani; Janderson (Matheus Davó), Pedro Rocha e Adaílton (Alvariño). Técnico: Flávio Garcia (Interino)
Operário: Elias; Thales, Joseph (Nilson), Miranda e Cristiano; Zuluaga, Neto Paraíba (Thiaguinho) e Boschilia; Rodrigo Rodrigues, Marcos Paulo e Daniel Amorim (Mingotti). Técnico: Bruno Pivetti
MELHORES MOMENTOS E GOLS: