Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em que um carro circula com o corpo de uma mulher argentina na carroceria, na RS-344, entre os municípios de Santo Ângelo e Giruá, no Rio Grande do Sul. O caso aconteceu na madrugada de domingo (8), após a vítima ser atropelada, segundo informações da Polícia Civil e publicada pelo G1. 1n1o5q
De acordo com as imagens captadas por um sistema de monitoramento localizado dentro da cidade de Giruá, o veículo ou pela mesma rua três vezes entre 3h48 e 3h52. O motorista teria percorrido cerca de 3 km com o corpo da vítima sobre o carro até chegar em casa. A informação foi relatada pelo próprio condutor à polícia.
A vítima
A vítima foi identificada como Viviana Beatriz Villalba, cidadã argentina, natural de Dos de Mayo, na província de Misiones. Ela havia completado 22 anos no dia do acidente. O reconhecimento do corpo foi feito por familiares vindos da Argentina. Segundo a Polícia Civil, Viviana estava havia duas semanas morando e trabalhando em uma casa noturna da região.
O caso
De acordo com a investigação, o motorista contou à polícia que dirigia próximo ao o a Giruá quando atingiu algo que pensou ser um animal. Ele só percebeu o que realmente havia ocorrido quando o ageiro avistou, pelo vidro traseiro, a perna da vítima presa ao carro. A polícia afirma que o condutor teria andado aproximadamente 3 km até perceber que se tratava de uma pessoa.
A perícia técnica identificou marcas de frenagem na rodovia. Segundo a delegada responsável pelo caso, Elaine Maria da Silva, isso indicaria “uma tentativa do condutor em tentar evitar o impacto com a vítima”.
A identidade do motorista não foi divulgada. Após o ocorrido, ele acionou a Brigada Militar (BM) e se apresentou a uma Delegacia de Polícia. O condutor se recusou a realizar o teste do etilômetro. O caso foi registrado como homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
Segundo a Polícia Civil, as lesões encontradas no corpo da vítima e os danos no veículo são compatíveis com a versão apresentada pelo motorista. A necropsia ficará sob responsabilidade do Instituto-Geral de Perícias (IGP).