Um adolescente de 17 anos, foi apreendido na manhã desta terça-feira (27), por volta das 6h30, na Rua 13, bairro Jardim do Éden, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão domiciliar e de menor infrator. A ação foi realizada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente, em desdobramento da Operação Mão de Ferro.
A operação, que envolve forças policiais de 12 estados, visa combater uma rede articulada de crimes cibernéticos praticados majoritariamente por adolescentes e jovens. De acordo com as investigações, o menor estava envolvido em práticas como indução ao suicídio e à automutilação, perseguição (stalking), ameaças, produção e disseminação de pornografia infantil, apologia ao nazismo e invasão de sistemas, incluindo bancos de dados públicos.
As ações ocorriam por meio de plataformas como WhatsApp, Telegram e Discord.
Além de disseminarem conteúdos de violência extrema, os suspeitos também incentivavam comportamentos autodestrutivos, realizavam coação psicológica e expunham publicamente suas vítimas, em geral também adolescentes, gerando impactos severos à saúde mental das vítimas.
Durante a ação, um aparelho celular foi apreendido e encaminhado ao Centro de Perícias Científicas para análise. As investigações continuam sob responsabilidade da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente.
O caso levanta um alerta importante sobre os riscos do ambiente digital, especialmente para crianças e adolescentes. A internet pode ser usada de forma positiva, mas também abriga redes que exploram a vulnerabilidade emocional de jovens, os induzindo a práticas perigosas e, muitas vezes, ilegais.
Especialistas recomendam que os pais fiquem atentos a alguns sinais:
•Mudanças repentinas de comportamento ou humor
•Isolamento excessivo e uso prolongado de dispositivos digitais
•Participação em grupos fechados e resistência em compartilhar o conteúdo ado
•Interesse por temas violentos, depressivos ou autodepreciativos
Além disso, é fundamental que os responsáveis mantenham um diálogo aberto com os filhos, conheçam os ambientes virtuais que eles frequentam e, quando necessário, busquem apoio de profissionais da saúde mental ou da segurança pública.