O homem identificado como Gleydoson Moraes Queiroz, conhecido como “Cabeção”, principal suspeito de ass o radialista Luís Augusto Carneiro da Costa, conhecido como Luizinho Costa, foi preso na madrugada desta sexta-feira (30), no município de Barcarena, nordeste do Pará. A prisão ocorreu durante a “Operação Antena da Lei”, deflagrada pela Polícia Civil na localidade de Vila dos Cabanos.
Luizinho foi morto a tiros na última terça-feira (27), enquanto trabalhava em um estúdio de rádio em Abaetetuba, onde apresentava um programa ao vivo na emissora Guarany FM. O crime chocou a população e ganhou repercussão estadual, especialmente por ter ocorrido durante uma transmissão, cujos últimos momentos foram ouvidos por ouvintes que acompanhavam a programação.
Segundo informações da Polícia Civil, o criminoso teria invadido a emissora encapuzado, se aproximado do estúdio e efetuado os disparos à queima-roupa, fugindo em seguida em uma motocicleta. Luizinho, que se preparava para entrar no ar após o programa de Nildo Silva, morreu ainda no local, sem chance de receber socorro.
A investigação e a prisão
A operação que resultou na prisão do suspeito foi coordenada por agentes da Delegacia de Homicídios, da Delegacia de Abaetetuba, da Superintendência Regional, com apoio do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) e peritos da Polícia Científica. O mandado de prisão foi cumprido quando o investigado saía de um supermercado.
De acordo com a Polícia Civil, a prisão foi possível após a análise de imagens de câmeras de segurança da região e o cruzamento de informações com o trabalho de inteligência. Ao ser interrogado na delegacia, o suspeito teria confessado o crime, alegando que o assassinato foi motivado por desentendimentos pessoais com a vítima, ligados à organização de eventos na cidade.
O suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de homicídio qualificado e permanecerá à disposição da Justiça. Luizinho Costa era uma figura bastante conhecida no rádio local, com forte presença na comunicação popular em Abaetetuba. Seu assassinato provocou comoção entre colegas, ouvintes e moradores, especialmente por ter sido cometido com extrema violência e dentro do próprio local de trabalho.
A emissora Guarany FM, onde o radialista trabalhava, divulgou nota lamentando a morte do profissional e pedindo justiça. Nas redes sociais, ouvintes e amigos prestaram homenagens e cobraram respostas rápidas das autoridades — que agora avançam para a fase de conclusão do inquérito.
A Polícia Civil segue reunindo elementos para esclarecer completamente o caso e avaliar se há outras pessoas envolvidas na execução do radialista.