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Home Cultura

Uma bandeira comunista na “Torre Eiffel” de Belém 4g5162

Oswaldo Coimbra por Oswaldo Coimbra
27/04/2025
in Cultura
Uma bandeira comunista na “Torre Eiffel” de Belém

Ilustração: A caixa d´água construída por Bolonha 5a3c21

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O aristocrata Francisco Bolonha, aos 63 anos de idade, já havia se firmado como um dos mais refinados construtores da História de Belém.

Levantara palácios e vila, entre outras obras, vistas, desde então, como valiosos bens do patrimônio arquitetônico da cidade.

Uma de suas construções se erguia, orgulhosa, sobre os telhados da cidade. Por isto, era logo avistada por quem chegava a Belém de navio.

Tratava-se de um impressionante reservatório de água, denominado Paes de Carvalho, montado numa gigantesca estrutura de ferro.

Uma espécie de Torre Eiffel, de Paris, transportada para a esquina das ruas Padre Eutíquio com a Ó de Almeida.

Bem distante do ambiente de Bolonha, no outro extremo do arco social da cidade, o operário João Amazonas, de 23 anos de idade, iniciava sua carreira de revolucionário.

Na qual, nas décadas seguintes, se firmaria como um dos grandes líderes comunistas do País.

Ninguém imaginaria que as carreiras de Bolonha e Amazonas, desenvolvidas em mundos sociais tão distantes, pudessem, em algum momento terem se cruzado.

Mas foi exatamente isto o que aconteceu em 1935.

O Pará estava sendo governado por um interventor, coronel Magalhães Barata, nomeado para o cargo pelo presidente Getúlio Vargas.

Vargas, àquela altura, era um político que contava, na sua atuação, com o apoio da organização fascista Ação Integralista Brasileira.

E, coerentemente com esta linha política, perseguia os membros da Aliança Libertadora Nacional-ALN, agrupamento de intelectuais, socialistas e comunistas que o combatia.

Enquanto isto, acontecia na esfera da política nacional, Barata replicava a atuação do presidente, em nosso estado.

Reprimindo os paraenses filiados à ALN.

Foi neste contexto que ocorreu o episódio envolvendo as carreiras do aristocrata e do operário belenenses.

O próprio João Amazonas narrou o episódio, com muita graça, no trecho, reproduzido a seguir, da edição especial da Revista Princípios (número 69, ano de 2003),localizado pelo site Fragmentos de Belém: uma antologia da cidade.

Contou ele:

“O governo começou a repressão sobre a ANL.

E anunciou, até mesmo, a pena de morte.

Na esquina da fábrica [Palmeira], que ocupava quase um quarteirão inteiro, havia uma Caixa D’Água – um edifício de ferro que era o pico mais alto da cidade.

Em seu topo, havia um mastro em que se colocava uma bandeira brasileira em dia de festa, e, que era vista de toda a cidade.

Falei para os companheiros:

– Vamos botar uma bandeira lá

Mas era complicado porque havia vigias.

Organizei um plano.

Fui até a casa de uma companheira e pedi para ela fazer uma bandeira imensa de 12 metros, com a palavra de ordem

– Viva a ANL! Abaixo a pena de morte!.

Observei a rotina do porteiro.

Era ele que, no dia da festa do Círio do Nazaré, colocava uma bandeira brasileira naquele pico.

A gente a podia ver de toda a cidade.

Mas eu pensava:

– Se botar a bandeira aí, eles retiram logo.

Então, seria preciso bolar uma ideia para eles não conseguirem retirá-la.

O negócio seria fazer um arranjo nas pontas onde se colocava a bandeira, com uma espécie de argola no próprio fio de arame grosso (em que ela seria alçada).

E, puxar para ficar apenas uma ponta.

Fazendo isso, eu puxaria, e, a bandeira iria lá para cima.

Assim, não haveria como baixá-la.

Como a companheira não tinha força suficiente para fazer isso, arranjamos um camarada sapateiro, que mexia com alicates e sabia cortar.

Ficamos uma noite lá (perto).

Pulamos o muro alto, com a ajuda (dos membros) da célula do Partido (comunista), e amos para dentro dessa Caixa D’Água.

Aí fomos subindo, devia ser umas 2 horas da madrugada.

Mas, como a Caixa D’Água ficava na área da prostituição, a região era muito movimentada.

Fomos subindo, subindo, e nunca chegava o fim daquela escada de ferro.

E, eu, com a bandeira amarrada no peito.

Quando conseguimos alcançar o topo, olhamos a movimentação da área.

Fizemos a operação e botamos a bandeira.

O companheiro sapateiro fez a argola para ficar numa ponta só e aí nós a suspendemos.

Era noite e ninguém estava vendo.

Fizemos tudo certo.

Ainda, escrevemos com piche na parede.

Descemos e fomos embora.

Voltamos para casa completamente sujos de piche.

Naquele tempo, sem nenhuma experiência, na hora de lavar as mãos, custou para sair.

Seria necessário usar gasolina e nós não sabíamos.

Levamos muito tempo para tirar o piche.

De manhã, foi um sucesso enorme: toda a cidade despertou e foi uma agitação daquelas.

Em todo lugar e nas esquinas tinha gente olhando a bandeira vermelha na Caixa D’Água.

Todo mundo falava naquilo e foi engrossando aquele movimento.

A excitação tomou conta da cidade.

Mobilizaram bombeiros e mais o que puderam para tirar a bandeira.

E, não houve jeito.

Só conseguiram (tirar a bandeira) à tarde.

Tiveram de chamar um moleque acostumado a subir em açaizeiro.

Esse fato teve uma grande repercussão”.

*Oswaldo Coimbra é escritor e jornalista

Translation (tradução)

A Communist Flag on Belém’s “Eiffel Tower”

The aristocrat Francisco Bolonha, at 63 years of age, had already established himself as one of the most refined builders in Belém’s history.

He had erected palaces and villas, among other works, which have since been regarded as valuable assets of the city’s architectural heritage.

One of his constructions stood proudly above the city’s rooftops. For this reason, it was immediately spotted by those arriving in Belém by ship.

It was an impressive water reservoir, named Paes de Carvalho, mounted on a massive iron structure.

A kind of Eiffel Tower from Paris, transported to the corner of Padre Eutíquio and Ó de Almeida streets.

Far removed from Bolonha’s world, at the opposite end of the city’s social spectrum, the worker João Amazonas, aged 23, was beginning his career as a revolutionary.

In the decades that followed, he would establish himself as one of the country’s great communist leaders.

No one could have imagined that the careers of Bolonha and Amazonas, developed in such distant social worlds, would ever intersect.

But that is exactly what happened in 1935.

Pará was being governed by an interventor, Colonel Magalhães Barata, appointed to the position by President Getúlio Vargas.

At that time, Vargas was a politician who relied on the of the fascist organization Ação Integralista Brasileira in his actions.

And, consistent with this political stance, he persecuted of the Aliança Libertadora Nacional (ALN), a group of intellectuals, socialists, and communists who opposed him.

While this was happening on the national political stage, Barata mirrored the president’s actions in our state.

He repressed Pará residents d with the ALN.

It was in this context that the episode involving the careers of the Belém aristocrat and worker took place.

João Amazonas himself narrated the episode with great charm in the excerpt reproduced below, from the special edition of Revista Princípios (issue 69, 2003), located by the website Fragmentos de Belém: uma antologia da cidade.

He recounted:

“The government began cracking down on the ALN.

It even announced the death penalty.

At the corner of the [Palmeira] factory, which occupied nearly an entire block, there was a water tank—a tall iron structure that was the highest point in the city.

At its top, there was a flagpole where a Brazilian flag was raised on festive days, visible from all over the city.

I told my comrades:

  • Let’s put a flag up there.

But it was complicated because there were watchmen.

I organized a plan.

I went to a comrade’s house and asked her to make a huge 12-meter flag with the slogan:

  • Long live the ALN! Down with the death penalty!

I observed the gatekeeper’s routine.

He was the one who, on the day of the Círio de Nazaré festival, raised a Brazilian flag at that peak.

You could see it from all over the city.

But I thought:

  • If we put the flag up there, they’ll take it down quickly.

So, we needed to come up with a way to make it impossible for them to remove it.

The solution would be to rig the ends where the flag was attached, with a kind of loop on the thick wire itself (used to hoist it).

And pull it so that only one end remained.

By doing this, I’d pull, and the flag would go up.

That way, there’d be no way to lower it.

Since the comrade didn’t have enough strength to do this, we found a shoemaker comrade who worked with pliers and knew how to cut.

We spent a night there (nearby).

We climbed over the high wall with the help of the of the Party (communist) cell and got inside the water tank area.

Then we started climbing; it must have been around 2 a.m.

But since the water tank was in the prostitution district, the area was very busy.

We kept climbing, climbing, and that iron ladder seemed endless.

And I had the flag tied to my chest.

When we finally reached the top, we looked down at the activity in the area.

We carried out the operation and raised the flag.

The shoemaker comrade made the loop so it would stay on just one end, and then we hoisted it.

It was nighttime, and no one was watching.

We did everything right.

We even wrote with tar on the walls.

We climbed down and left.

We returned home completely covered in tar.

Back then, with no experience, washing our hands was tough—it wouldn’t come off.

We needed gasoline, but we didn’t know.

It took us a long time to remove the tar.

In the morning, it was a huge success: the whole city woke up, and it was quite a stir.

Everywhere, at every corner, people were looking at the red flag on the water tank.

Everyone was talking about it, and the movement grew stronger.

Excitement took over the city.

They mobilized firefighters and whatever else they could to remove the flag.

And still, no luck.

They only managed to take it down in the afternoon.

They had to call a kid used to climbing açaí trees.

That event had a huge impact.”

*Oswaldo Coimbra is a writer and journalist

(Illustration: The water tank built by Bolonha)

Tags: "Torre Eiffel" de Belémbandeira comunistaDestaqueOswaldo Coimbra
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Oswaldo Coimbra é escritor, jornalista e pesquisador.

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