A escalada da violência contra agentes da lei no Pará segue enlutando famílias e escancarando o risco cotidiano enfrentado por quem está na linha de frente do combate ao crime organizado. Na noite de hoje, 26, um policial militar foi assassinado durante uma abordagem de rotina no município de Santa Izabel do Pará, na Região Metropolitana de Belém.
A vítima, identificada até o momento como Cabo Lucas, participava de uma operação policial quando a guarnição em que estava foi surpreendida por disparos de arma de fogo ao tentar abordar um veículo suspeito. Baleado, o cabo não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Outro policial, identificado como Cabo Santos, também estava na viatura no momento do ataque, mas ainda não há confirmação oficial se foi ferido.
De acordo com informações ao Ver-o-Fato, a dupla de PMs saltou da viatura e foi abordar um casal que estava em um Onix Branco. Nesse momento em que o casal desceu do carro, alguns homens que estavam dentro do veículo atiraram contra os militares, atingindo Lucas no pescoço. Em seguida, os criminosos fugiram em disparada pelo bairro Florestal.
Logo após o crime, diversas viaturas da Polícia Militar foram mobilizadas para a área. As buscas por suspeitos seguem intensas, com policiais realizando varreduras em pontos estratégicos da cidade.
O assassinato de mais um servidor da segurança pública evidencia a gravidade da crise enfrentada pelo estado, onde a rotina da violência impõe um clima constante de luto e apreensão entre os profissionais da área. Nos últimos meses, o Pará tem sido palco de sucessivos ataques contra policiais civis e militares — uma tendência alarmante que acende o sinal de alerta para a atuação cada vez mais ousada das facções criminosas.
A morte do Cabo Lucas soma-se a uma triste estatística que cresce silenciosamente. Por trás de cada número, há histórias interrompidas, famílias devastadas e uma sociedade que parece, cada vez mais, normalizar a barbárie.
É urgente que o poder público ofereça respostas à altura da gravidade dos fatos. Mais do que reforço no policiamento, é preciso inteligência estratégica, investimento em investigação e compromisso firme com a valorização das forças de segurança — que, todos os dias, colocam suas vidas em risco por uma sociedade mais segura.
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